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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tráfego de dados pode estrangular rede móvel no Brasil em 2011

Um levantamento realizado pela Nokia Siemens Networks mostra que o tráfego de dados pelas redes de celular deve dar saltos de 90% de crescimento ao ano e esgotar a atual capacidade de espectro disponível em 2011.

A companhia projeta que o número de usuários de redes de terceira geração, que deve fechar 2008 em 3,5 milhões de pessoas, evolua para 100 milhões até 2013. Na medida em que estiverem em redes que permitem o tráfego de dados, os usuários devem usar cada vez mais o celular para conexões à Internet.

Hoje, segundo a companhia, os assinantes utilizam menos de 5 MHz da banda disponível na terceira geração do país, que é de um total de 115 MHz, já que as redes 3G foram lançadas há menos de um ano, no final de 2007.

Esse total de espectro deve ser alcançado em 2011, enquanto a demanda projetada para 2013, por exemplo, é mais que o dobro da banda existente, ou 250 MHz.

O tráfego de dados projetado para este ano pelas redes móveis, de 35 gigabits por segundo, deve chegar a 1.700 gigabits por segundo em 2013.

Segundo Armando Almeida, presidente da Nokia Siemens, o cálculo da companhia não leva em conta uma possível redução no consumo diante da crise. "Ainda é relativamente cedo para avaliar como a crise vai afetar a demanda", disse em encontro com a imprensa na Futurecom 2008.

Segundo ele, a companhia "não vê que isso (a crise) possa afetar o tráfego" e nem espera aumento nos custos do serviço ao cliente.

A preocupação com o espectro também foi citada nesta quarta-feira pelo presidente da Vivo, Roberto Lima. Segundo ele, mais que os recursos financeiros, "um recurso limitado é o espectro" e, se a questão não for bem solucionada, pode inibir a oferta do serviço.

"Não podemos lançar um serviço e depois limitar o uso. É para consumir mesmo. Por isso, o espectro vai ter de ser rearranjado", afirmou Lima.

A Nokia Siemens afirma que vai ser preciso um estudo conjunto entre governo, operadoras e fornecedores para buscar uma solução que não iniba o consumo nem prejujdique a qualidade oferecida. A fabricante defende o uso de tecnologias mais eficientes por parte das operadoras, como as baseadas em IP, para aproveitar melhor o espectro disponível.

Para mães, Internet é tão perigosa quanto drogas

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos divulgou que cerca de dois terços das mães de adolescentes se preocupam tanto ou mais com a segurança de seus filhos adolescentes na Internet quanto com a direção sob efeito de álcool (62%) e com experiências com drogas (65%).

O estudo, encomendado pela McAfee, entrevistou mais de mil adolescentes entre 13 e 17 anos e suas mães.

A pesquisa apontou que a maior dificuldade para as mães é controlar o que seus filhos fazem na Internet, já que 32% deles admitem limpar o histórico de navegação quando acabam de usar o computador, e 16% criaram contas de e-mail ou perfis em sites de relacionamento para esconder dos seus pais o que fazem na web.

Uma das conclusões dos pesquisadores foi que as mães estão se iludindo em relação ao que seus filhos fazem na web. Embora 72% tenham um acordo verbal com os adolescentes sobre o que é ou não permitido na rede, 63% dos jovens disseram saber como esconder dos pais o que fazem online.

Enquanto algumas mães optaram por participar de redes sociais para observar de perto o filho, muitas monitoram o uso da web em segredo - 59% admitiram verificar o histórico de navegação dos adolescentes.

A segurança dos adolescentes quando estão sozinhos em seus quartos é motivo de preocupação para 44% das mães. Uma entre quatro mães se preocupa mais com o que os adolescentes fazem na Internet do que aquilo que fazem quando estão fora de casa.

A divulgação de dados pessoais na web preocupa 58% das mães, e não por acaso: segundo a pesquisa, 52% dos adolescentes já divulgaram informações pessoais a desconhecidos pela web, e 34% das adolescentes forneceram fotografias ou descrições físicas de si mesmas a desconhecidos.

Redação Terra